quinta-feira, 13 de março de 2008

Os sete pecados do Governo PS


Menezes aponta sete pecados ao Governo e diz que PSD já pode acreditar na vitória

O presidente do PSD, Luís Filipe Menezes, apontou sete pecados sem absolvição ao Governo socialista e considerou que os sociais-democratas já ganharam "o estatuto e a credibilidade de poder acreditar na vitória" em 2009.

Na sessão de balanço dos três anos de governação do PS, Luís Filipe Menezes apontou ao Executivo sete pecados "sem direito a absolvição", por esta ordem: "um fragilíssimo e incipiente crescimento económico", o desemprego, a "desconfiança" que causa em relação a "opções estratégicas" como a localização do novo aeroporto, uma "política de abandono de dois terços do território nacional", o "reforço do centralismo do Estado", a "desqualificação da democracia portuguesa" e"a insensibilidade social".

"Vivemos no país do medo, em que há um justo receio de divergir nem que seja de uma forma pontual e tranquila daquilo que é a verdade oficial", defendeu o presidente do PSD, a propósito do estado da democracia portuguesa.

Menezes alegou que o PSD parte em desvantagem para as legislativas de 2009, em resultado da "hemiplegia funcional" existente em Portugal "que prejudica todo o espaço não socialista de uma forma crónica, injusta e persistente".

Uma hemiplegia é a incapacidade de efectuar movimentos voluntários incidente nos membros de uma metade do corpo e numa metade do rosto do mesmo lado.

Apesar disso, manifestou-se confiante na vitória do PSD: "Não acredito que os portugueses queiram continuar com um primeiro-ministro que apresenta resultados sofríveis. Não acredito que Portugal queira continuar com um primeiro-ministro que não correspondeu a um único dos compromissos eleitorais".

Luís Filipe Menezes apontou uma sondagem que coloca o PSD cinco por cento abaixo do PS nas intenções de voto.

"Perante esta adversidade estruturada da sociedade portuguesa, perante o facto de o actual Governo que tem instrumentos de poder poderosíssimos, estarmos a escassos cinco pontos significa que estamos aí, já ganhamos o estatuto e a credibilidade de poder acreditar na vitória", considerou.

Insistindo na "adversidade" que tem de enfrentar para conseguir ganhar as legislativas, Menezes sustentou que "em circunstâncias normais" o tempo de antena do PSD transmitido hoje, "repetido muitas vezes, mostrado à maioria dos portugueses, seria porventura o suficiente para que em 2009 houvesse uma mudança".

O tempo de antena do PSD mostra José Sócrates a dizer que não aumentaria os impostos se fosse primeiro-ministro e a considerar, quando estava na oposição, que um desemprego de sete por cento era uma "marca de uma governação perdida".

Enquanto falava, Menezes tinha como cenário a nova imagem gráfica do partido, que quis destacar: "É o PSD de sempre, com as setas laranjas com um fundo azul de um mar de esperança. Talvez daqui a uns tempos tenhamos as setas laranja com um fundo verde e vermelho de Portugal mas é o PSD de sempre".

Lusa

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