domingo, 16 de março de 2008

Grupo de missão quer mobilizar mulheres para a política activa

O PSD criou um grupo de missão para mobilizar mulheres militantes e simpatizantes para participarem activamente na política e representarem o partido, não estando neste momento prevista a criação de nenhuma nova estrutura interna.

O objectivo do grupo de missão é potenciar "o aparecimento das mulheres na vida interna do partido e o seu empenhamento activo, ao nível da representação partidária", lê-se num documento aprovado na semana passada pelo Conselho Nacional do PSD.

A dirigente do PSD Paula Carloto, que foi nomeada coordenadora nacional do grupo de missão, disse que "nesta fase não há a criação formal de nenhuma estrutura" interna de mulheres.

"Se me perguntar o que é que isto vai ser, não sei", acrescentou Paula Carloto.

Por enquanto, cumpre-lhe correr o país em reuniões com mulheres de todos os distritos para "aumentar o número, o gosto e a motivação da sua participação" e "no prazo de dois meses pôr o grupo na rua com uma estruturação mínima".

Questionada sobre o que aconteceu à criação de um movimento de mulheres sociais-democratas, anunciada em Janeiro pelo presidente do PSD, Luís Filipe Menezes, Paula Carloto respondeu que essa ideia se manteve, embora com outro nome.

Em Abril, Luís Filipe Menezes adiantou que o movimento de mulheres do partido teria os seus órgãos eleitos num congresso a realizar no dia 25 de Abril.

De acordo com Paula Carloto, "do ponto de vista político, o grupo de missão é isso, um movimento", mas "quando se foi escolher o nome chegou-se à ideia de um grupo de missão".

A dirigente do PSD salientou que o grupo que coordena e que integra mulheres das distritais do partido "não é um movimento estandardizado das mulheres e para as mulheres, é abrangente e para discutir as questões da política do século XXI: a economia, a justiça, o empreendedorismo"."Não é nada que possa significar menorização", frisou.

Segundo o documento aprovado pelo Conselho Nacional do PSD, o objectivo do grupo de missão "não se confunde, nem na forma nem na substância, com o facto de ter sido recentemente aprovada a Lei da Paridade" que obriga à presença de um terço de mulheres nas listas eleitorais.

"A Lei da Paridade é tudo com que eu não concordo, sou contra as discriminações positivas", declarou Paula Carloto, referindo porém que "a lei obriga um bocadinho a acelerar o processo" de participação das mulheres.

A dirigente social-democrata reiterou que "a ideia do PSD é não fechar o movimento à participação de mulheres filiadas, é abri-lo a todas as que se disponham a participar.

"É devida ao doutor Luís Filipe Menezes esta grande motivação para pôr as mulheres a participar activamente na vida política.

O PSD há muito tempo que devia ter esta implementação", elogiou Paula Carloto.

Lusa

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