sábado, 15 de março de 2008

Menezes diz que vai interpelar Sócrates


Menezes diz que vai interpelar Sócrates na próxima semana sobre descida de impostos

O líder do PSD anunciou esta noite que na próxima semana irá interpelar o primeiro-ministro para que ele diga se vai ou não baixar os impostos, antevendo que Sócrates irá responder que depende da consolidação orçamental.

Pela sua parte, Luís Filipe Menezes garantiu que, ainda na actual sessão legislativa, o PSD vai apresentar uma proposta para baixar os impostos e reduzir a despesa na mesma proporção, porque "é possível e necessário diminuir a carga fiscal".

O líder do PSD, que falava num jantar comemorativo dos 10 anos de gestão autárquica em Ílhavo, garantiu que, "quando formar governo", irá procurar "a harmonia fiscal com Espanha, descendo primeiro o IVA, depois o IRS, e mais tarde o IRC quando for possível".

Luís Filipe Menezes desvalorizou as críticas internas de que tem sido alvo, afirmando que são como "as borbulhas da adolescência porque o partido está a crescer" e que "hoje há boas pomadas e curticóides".

Sobre a contestação à sua liderança, Menezes salientou que "é a primeira vez em trinta anos que as pessoas que dirigem o partido saem do país real e não da macrocefalia política e a primeira vez que presidentes de câmara lideram um partido, o que é outro sacrilégio".

"Estamos a acabar com alguns tabus, o que dói a muita gente. Prometi um partido em que o poder será das bases e essas remam para o mesmo lado. Faltará é lugar para alguns que ao domingo preferem o monte para caçar do que estar com os militantes de base numa festa" comentou.

Menezes voltou hoje a criticar o espaço escolhido pelo PS para realizar o comício de balanço dos três anos de Governo - o Pavilhão Académico do Porto - comparando-o a dois "T6 grandes", concluindo que "no máximo terão estado 3600 pessoas e ainda tiveram de vir socialistas em peregrinação de Loures e Odivelas, cujas camionetas estavam paradas na área de serviço do Antuã, na A1".

"Por este andar, os quatro anos de governo vão ser comemorados em Coimbra, no Portugal dos Pequeninos", reiterou, concluindo que é um prenúncio da vitória do PSD nas legislativas de 2009, que "está no bom caminho".

Socorrendo-se de estudos de opinião "que dão uma diferença para o PS entre três e seis por cento", o líder do PSD interpreta que os dois partidos estão "taco a taco" na disputa do eleitorado, quando "a ano e meio de eleições, a diferença para o partido de governo é habitualmente entre os 19 e os 25 por cento".

Na avaliação dos três anos de governação socialista, "quanto aos compromissos, resultados e métodos", Luís Filipe Menezes falou do "caos na Saúde, da Educação em revolução, da Segurança em que se assistem a crimes violentos, de magistrados pegados na Justiça e de querelas públicas na PJ", mas o principal enfoque foi para a fiscalidade, recordando que "José Sócrates prometeu não aumentar a carga fiscal e os impostos subiram, sem que os portugueses sintam resultados desses sacrifícios".

Lusa

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